sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Video-Entrevista com advogado Barbosa.


 Links para o video da Entrevista:

Parte 1:
https://www.youtube.com/watch?v=wcbVCNX74pc&feature=plcp
Parte 2:
https://www.youtube.com/watch?v=fMaHMRJDh3U&feature=plcp
Parte 3:
https://www.youtube.com/watch?v=hqGOLTKGOKo&feature=plcp



 Pedaço transcrito da entrevista:

Blog: De qual lugar o senhor é no nordeste?
Barbosa: Vim da cidade de Rancharia no interior de Pernambuco da regiao de Luis Gonzaga.

Blog: Como foi a recepcao dos paulistas com sua chegada?
Barbosa: Leva as descriminacoes na esportiva. Por exemplo se alguem me chamava de bahiano dizia voce nao sabe nada de geografia sou do Pernanbuco. Assim a pessoa nao fazia piada comigo pq respondia com conhecimento e nao me ofendia.

Blog: Oque senhor acha das punicoes contra a xenofobia?
Barbosa: Acho um exagero. Nao acho que punindo vai combate esse tipo de preconceito e sim as escolas e as familias educarem para que todos sejam iguais.

Blog: O senhor acha que midia influencio esse preconceito contra o nordeste?
Barbosa: Acho que nao. Acho que midia retrata oque esta acontecendo. Ela nao cria e sim noticia.

Blog: Dr Barbosa qual o conselho que o senhor com advogado e como nordestino deixa a quem sofre preconceito?
Barbosa: Cada um reage da forma que acha melhor. Tentar leva na esportiva é como eu reagi mas precisa ter alto estima. Se for possivel leva na esportiva...

Blog: ... mas se for mais para agressao?
Barbosa: O codigo penal te protege abri um boletim de ocorrencia.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Artigo de opinião





      No mundo de hoje, é impossível fugir da rotulação imposta pela sociedade, a necessidade de inferiorizar um companheiro pelo sentimento de superioridade é infelizmente algo que vivemos em nosso dia-a-dia. Com os nordestinos não se é diferente. Diversas famílias nordestinas sofrem dos mais diversos tipos de preconceito, por motivos nada dignos. Muitas vezes estas mesmas famílias veem a capital com a intenção de arranjar um trabalho e ter uma vida digna e honesta, porem a triste realidade se mostra diferente, diversos nordestinos sofrem ao tentar arranjar emprego na maior capital do pais simplesmente por serem o que são.

       O problema continua em meios de mídia, como revistas, jornais e televisão, em fato, o preconceito pode ser visto na política, já houve casos em que políticos indicaram o aumento da criminalidade devido a migração do povo nordestino.

       A palavra chave desta questão é obviamente “Preconceito”, algo que há tempos deveria ter deixado de existir e que mesmo assim está intensamente presente dentro da sociedade. 

        Este preconceito, muitas vezes voltado ao próprio racismo é algo nascido há séculos, desde o tempo dos escravos, e que mesmo com todo este tempo para ser resolvido, continua vivo nas mais diversas sociedades.

         Este problema pode ser resolvido de maneira simples, porem muito difícil na pratica, que seria, fazer com que todos os membros de uma sociedade entendam sua posição como seres humanos e respeitem uns aos outros como tal, atingindo então a tão falada “igualdade”

         A Dificuldade de colocarmos esta ideia de igualdade em pratica é extremamente difícil, devido ao nível de desigualdade encontrado em grande parte do país nos dias de hoje. Seja ela social, política ou financeira, a desigualdade se tornou uma realidade que faz com que certo tipo de pessoa se sinta superior a outro, mesmo não sendo isso um fato.

          Então para se diminuir este problema social, primeiro temos de entender que não haverá solução instantânea, pois, assim como o preconceito se alojou na sociedade aos poucos, a solução também levará seu tempo.

           O segundo passo então seria; modificar e melhorar os planos de ensino voltados para igualdade dentro das escolas e residências. Demonstrando cada vez menos situações de desigualdade social e racial.

            E por ultimo então, tomar conta da própria consciência, pois, para se mudar a mente dos outros se é necessário mudar a própria maneira de pensar, tomando cuidado com as diversas situações em que se pode evitar o preconceito no dia-a-dia, impondo sempre o respeito pelo próximo. E entender que não somo divididos em diversas raças, somos apenas uma, todos nós somos humanos e todos devemos ser respeitados.

Essa intolerância ou doença é muito praticada por pessoas que nasceram no Brasil, mais precisamente em São Paulo e Rio de Janeiro conforme informações dos textos postados anteriormente. Nestas e em outras cidades os nordestinos são tratados como leigos, ingênuos e miseráveis, porém, o que não é considerado é o fato de que todas as regiões possuem lugares feios e escassez de recursos, o que mais surpreende é que São Paulo e Rio de Janeiro possuem feiras especialistas em comidas e artigos do nordeste, no Rio tem a Feira de São Cristóvão e em São Paulo o Centro de Tradições Nordestinas, a maioria dos moradores das cidades citadas admiram a culinária e a cultura da região nordeste, tanto que a audiência das feiras é preenchida com a presença de paulistas e cariocas.
O descaso para com os nordestinos é tão grande que para os preconceituosos não há diferença entre quem nasceu na Bahia, no Ceará, ou em Pernambuco, existem apenas “Baiano e Paraíba”. Não há campanhas contra a xenofobia que busquem conscientizar a população e os que sofrem com o preconceito, possuem pouca informação sobre seus direitos. É muita hipocrisia lutar por igualdade   e discriminar pessoas com sua própria nacionalidade apenas por ter o sotaque diferente, cultura e trejeitos. Nas redes sociais a xenofobia tem sido muito praticada, expressar a opinião não significa humilhar pessoas que não nasceram no mesmo estado que você, não significa que não saibam fazer escolhas, que não devam possuir o direito de voto ou que não mereçam respeito.
A verdade é que faltam melhoras significativas para que o Brasil se torne um país desenvolvido, as pessoas limitam-se a aprender apenas o básico e esquecem de aprender seus direitos e deveres.

Lei nº  7716  de 05 de janeiro de 1989
“Art. 1º - Serão Punidos, na forma desta lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceitos de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

sábado, 13 de outubro de 2012

Comparação entre preconceitos

Um anúncio de TV da União Europeia foi retirado do ar e se transformou em "viral" na internet depois de inúmeros protestos de internautas e veículos de mídia, que o acusam de xenofobia, racismo e de estereotipar países como o Brasil, Índia e China, parte dos BRICs, grupo formado ainda por Rússia e África do Sul.

Na propaganda, uma mulher branca vestida como a protagonista do filme "Kill Bill", com um uniforme amarelo e azul (as cores da EU), caminha num galpão quando é ameaçada por lutadores de kung fu, capoeira e de kalaripayattu, arte macial indiana.

Podemos comparar com uma ameaça de nordestinos contra a poderosa região Sudeste e no fim a região se mostrando superior ao espalhar sua cultura e riqueza.

http://www.youtube.com/watch?v=G16ZNUZEbt8


Estudante é condenada por ofensa a nordestinos no Twitter

As redes sociais hoje fazem parte constante na vida de cada pessoa mundo afora. Postagens são visualizadas a todo momento por amigos, parentes, colegas de trabalho e estudo e até mesmo a justiça. Neste caso a ofensa da estudante Mayara Petruso, ao povo nordestino, não houve perdão.

"A Justiça Federal de São Paulo condenou a estudante Mayara Penteado Petruso a 1 ano, 5 meses e 15 dias de prisão pelo crime de racismo.
O crime da estudante foi ofender nordestinos por meio da rede social Twitter. A ofensa foi publicada no dia 31 de outubro de 2010, logo após a vitória eleitoral da petista Dilma Rousseff sobre o tucano José Serra. Os maiores índices de votação de Dilma na ocasião foram registrados na região Nordeste.
"Nordestisto (sic) não é gente. Faça um favor a Sp: mate um nordestino afogado!", escreveu a estudante em sua página. 


A pena contra ela foi convertida em prestação de serviço comunitário e pagamento de multa. A decisão foi tomada pela juíza da 9ª Vara Federal Criminal em São Paulo, Mônica Aparecida Bonavina Camargo.
Em sua defesa, Mayara admitiu a publicação da mensagem e disse que foi motivada pelo resultado das eleições presidenciais.
Ela afirmou que não tinha a intenção de ofender, que não é preconceituosa e que não esperava tamanha repercussão. De acordo com o processo, Mayara disse estar envergonhada e arrependida.
A reportagem procurou o advogado dela na tarde desta terça-feira, mas não foi atendida.
Estudante de direito em uma universidade da capital paulista, Mayara perdeu o emprego em um escritório de advocacia após o episódio. Ela também mudou de cidade e abandonou o curso.
"O que se pode perceber é que a acusada não tinha previsão quanto à repercussão que sua mensagem poderia ter. Todavia, tal fato não exclui o dolo", afirma a juíza na decisão."

Reportagem da Folha de São Paulo
em 19 de maio de 2012
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